Conheça os tipos de logística reversa e saiba como adotar no negócio

Logistica Reversa

Devido às preocupações crescentes com a sustentabilidade, objetivando a proteção do meio ambiente, uma série de novas medidas vem sendo adotada pelas empresas, e uma das que se destacam é a logística reversa. Esse é um processo que exige de clientes, fornecedores e produtores o compromisso de dar um destino adequado aos produtos quando eles chegarem ao fim de seu ciclo, seja reciclando, seja descartando apropriadamente ou reparando para a reutilização.

Além de beneficiar o meio ambiente, a logística reversa contribui para a construção de uma melhor imagem da empresa, que passa a sobressair no mercado e pode ter primazia na captação de investimentos. Isso porque boa parte dos investidores tem enquanto prioridade de alocação de recursos o ESG — Environmental, Social and Governance —, que visa atrelar o valor econômico às novas demandas da sociedade, como as preocupações sociais e ambientais e de boa governança corporativa.

Neste post, vamos apresentar quais são os tipos de logística reversa existentes, os seus benefícios e as suas aplicações. Confira!

Quais são os tipos de logística reversa existentes?

Para entender de fato o que é logística reversa, é preciso analisar quais são os seus principais tipos. Veja, abaixo, as características de cada um e como eles impactam clientes e empresas.

Pós-venda

A logística reversa pós-venda tem como base a devolução da mercadoria antes de sua utilização, porque o cliente ficou descontente, se arrependeu ou identificou algum defeito/erro. Dessa forma, a devolução permite que a empresa dê um destino apropriado ao produto — o reparo, a revenda ou o descarte correto.

Reutilização

Conforme o nome sugere, a reutilização é um tipo de logística reversa que foca no reaproveitamento de um bem. Logo, quando o item não for mais útil ao seu proprietário, em vez de descartado, ele é devolvido e leiloado ou revendido pelo fabricante.

Pós-consumo

A logística pós-consumo é a mais conhecida e adotada pelas empresas, consistindo na coleta dos produtos após o seu descarte pelos clientes, isto é, quando deixam de ter função primária. Ao voltar ao fabricante, eles são descartados da maneira devida ou reciclados, evitando-se um despejo inadequado.

Quais são as vantagens da logística reversa?

Agora que você já entendeu o que é e quais são os principais tipos de logística reversa, vamos mostrar os benefícios que essa prática pode trazer para clientes, empresas e sociedade. Acompanhe!

Redução dos impactos negativos ao meio ambiente

Quando a empresa passa a priorizar a gestão de resíduos, destinando corretamente os materiais, seja para reciclagem, seja para reúso ou revenda, há uma redução da necessidade de exploração de matérias-primas e da produção de lixo. O resultado é um benefício ao meio ambiente e à sociedade.

Ganho de reputação da empresa

Uma empresa que tem em sua cultura organizacional e em sua prática a proteção ao meio ambiente se destaca em seu setor perante a opinião pública. Isso se reflete na valorização da marca e favorece a aquisição de novos investimentos, afinal, como falamos na introdução, o ESG tem se tornado um requisito indispensável para os investidores.

Possibilidade de exploração de novos mercados

As matérias-primas que seriam descartadas podem se tornar uma nova fonte de receitas para a empresa, ensejando a descoberta e a exploração de novos mercados. Por exemplo, há empresas que têm como core business o recondicionamento de produtos eletrônicos — além de manter em operação bens que seriam descartados, os oferecem, com preços mais acessíveis, a quem não seria capaz de adquirir um novo.

Como colocar em prática a logística reversa?

O processo de logística reversa começa com o fabricante, que deve projetar o produto com foco em sua correta destinação após o consumo. Para que esse processo seja bem-sucedido, é necessária a participação de vários agentes dos setores privado e governamental — é fundamental que o poder público informe clientes, empresas e população sobre a importância da destinação adequada dos resíduos.

O consumidor tem a responsabilidade de se desfazer dos produtos inutilizados em local próprio para descarte — cabe aos comerciantes disponibilizar postos de coleta de fácil acesso a esses clientes.

Compete à empresa que receber os itens de volta manter um projeto sólido acerca de suas possíveis destinações: se serão reciclados; reutilizados; revendidos; desmontados, com as peças sendo vendidas separadamente; ou transformados em sucata. O processo de logística reversa funciona do seguinte modo:

  • o cliente leva a mercadoria a ser descartada a um posto de coleta de fácil acesso indicado pelo fabricante;
  • o ponto e coleta destina o material para os distribuidores ou diretamente para os fabricantes;
  • os fabricantes encaminham o material à sua destinação;
  • a sociedade e o meio ambiente ganham com a evitação de um descarte inadequado e da extração de matéria-prima.

A logística reversa no Brasil é obrigatória?

Embora seja recomendada a destinação correta de todos os tipos de resíduos, a legislação brasileira, mas especificamente a lei 12.305/2010, elenca como produtos essenciais em relação à logística reversa aqueles que, se descartados incorretamente, têm potencial de colocar em risco o meio ambiente e a saúde humana. São eles:

Um produto que tem sido reaproveitado com sucesso é o óleo automotivo, que, mediante refino — uma série de processos físico-químicos —, é transformado em óleo novo, em uma reciclagem perfeita que evita a poluição do solo e dos lençóis freáticos e reduz a necessidade de extração de minerais.

Outrossim, com o refino é possível gerar diversos subprodutos, como:

  • fração asfáltica do óleo, que pode servir de plastificante em derivados do petróleo;
  • gesso, bastante utilizado na agricultura e na correção do pH do solo;
  • combustível pesado, empregado em fornos de alta temperatura;
  • MPC-LW, usado nas indústrias cerâmicas;

Esperamos que este conteúdo o ajude em seu entendimento a respeito dos principais tipos de logística reversa e da importância dessa solução para a sociedade. A priorização de processos de baixo impacto ambiental é um caminho sem volta, afinal, com o aumento da população mundial, é imprescindível que a sociedade busque formas sustentáveis de crescimento econômico, que melhorem a qualidade de vida, por meio da inovação.

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