Compreender quais são os tipos de armazém é determinante para quem trabalha com logística. Afinal, a armazenagem adequada é uma das tarefas elementares do setor. É preciso fazer a gestão correta do espaço, controlar o estoque e guardar matérias-primas, produtos e outros artigos, de maneira que estejam disponíveis quando forem necessários para as atividades da empresa.
Os distintos tipos de armazém são capazes de oferecer variadas possibilidades para atender às necessidades de espaço físico, acesso e dinâmica de trabalho de cada negócio. A escolha depende do modelo que se mais se adequa à realidade e às demandas do empreendimento.
Para ajudar você a tomar uma decisão mais fundamentada e evitar custos excessivos, neste post, explicaremos os detalhes sobre cada tipo e as suas utilizações. Confira agora mesmo!
1. Próprio
Como o nome indica, este tipo se caracteriza quando o local é administrado pela própria empresa detentora das mercadorias armazenadas. Neste caso, ela é responsável por fazer a gestão do espaço, definir processos, contratar funcionários para manter o controle e a segurança e realizar todas as atividades referentes à manutenção do armazém.
Isso significa que pode haver maior gasto com a mão de obra — inclusive, devido à necessidade de treinamentos de pessoal — e as despesas para a gestão do galpão. No entanto, essa escolha também tem benefícios, como maior controle operacional, liberdade para mudanças no espaço, flexibilidade para ajustes estratégicos e possibilidade de projetar as instalações para atender às necessidades específicas de manuseio de materiais da empresa.
Para ter um armazém próprio, a empresa não necessariamente precisa alocar um espaço nas dependências da matriz ou da área industrial. Às vezes, a depender do negócio, pode ser mais interessante fazer a instalação em um local que permita fácil acesso às estradas e possa otimizar o transporte de cargas, por exemplo.
Há gestores que optam por ter centros de armazenagem até mesmo em outras cidades para facilitar a logística. É comum este tipo ser utilizado por indústrias e grandes empresas dos diversos setores, como automotivo, metalomecânico, de móveis, de eletrônicos e alimentício, entre outros.
Antes de ficar com essa opção, é preciso analisar quanto será realmente despendido com o depósito ou galpão. Deve-se levar em conta os gastos com pessoal, no caso de um armazém próprio, e fazer comparações com os valores oferecidos pelas outras alternativas disponíveis.
Ao mesmo tempo que ter um armazém próprio pode trazer mais projeção no mercado de atuação da empresa, nem sempre a taxa de retorno é compensatória, uma vez que a organização gera mais uma atividade-meio, em vez de se dedicar à sua principal ocupação.
2. Público
Também existem os armazéns públicos, que incluem depósitos gerais, de móveis, de commodities, alfandegários e refrigerados, por exemplo. Esses locais são especializados e fazem cobrança de taxas de manuseio e armazenagem, que costumam ser baseadas no peso ou na cubagem das mercadorias.
Os armazéns alfandegários, por exemplo, são depósitos autorizados pelo governo em que as empresas podem estocar os produtos importados ou destinados à exportação até que sejam liberados, mediante o pagamento dos impostos aduaneiros.
A grande vantagem deste modelo é que ele tem as especificações necessárias para cada tipo de material estocado: alimentos e remédios que precisam de refrigeração, grãos, volumes grandes etc.
Ademais, os custos também podem ser mais baixos, a depender do tipo do negócio e da frequência e do tempo em que a empresa precisará usar o armazém.
3. Terceirizado
Outra maneira de armazenar mercadorias é de forma terceirizada. Nesse caso, a organização passa as responsabilidades para uma empresa contratada, que fará a gestão do depósito.
Esse modelo é bom para empresas que não querem se preocupar com o gerenciamento do armazém, já que o local é alugado e as demandas são atendidas pela terceirizada. Com isso, pode haver redução de despesas, uma vez que não há necessidade de contratar ou treinar funcionários próprios.
A terceirização é uma opção bastante procurada por pequenos empresários e também por empresas de maior porte, como as da indústria agrícola, que buscam evitar desperdícios, perdas e danos aos seus produtos.
Embora seja uma boa alternativa para as organizações que querem se concentrar nas suas principais atividades, a parte negativa da terceirização é que as empresas não têm liberdade para adaptar os processos de armazenagem ou fazer o controle de estoque da sua maneira.
4. Contratado
Por fim, há os armazéns contratados, que misturam características dos tipos anteriores. Nesse caso, a empresa utiliza um espaço de depósito que não é seu, mas são os seus próprios funcionários que ficam responsáveis por cuidar dos processos logísticos.
Isso pode tornar os custos finais mais elevados, já que há despesas tanto com o aluguel do local quanto com a contratação de pessoal. No entanto, essa é uma alternativa interessante para quem já tem uma equipe especializada e precisa apenas de um espaço para armazenagem.
Muitos costumam confundir os modelos terceirizado e contratado. A principal diferença entre eles é que, na terceirização, todo o processo é feito por outra empresa; na contratação, apenas o espaço físico é alugado para armazenagem.
Em todo caso, cada tipo de armazém tem suas vantagens e desvantagens. A melhor escolha depende das demandas e necessidades de cada negócio. De maneira simples, é preciso analisar uma série de fatores antes de decidir, como custos, layout, amplitude e localização, entre outros.
Para tanto, considere o orçamento anual da empresa e avalie o que será estocado. Pense no espaço que será necessário, como as mercadorias devem ser alocadas, de que maneira serão manuseadas, os custos envolvidos, a proximidade com a fábrica ou os pontos estratégicos da organização, dentre outros.
Ter mais informação sobre os diferentes tipos de armazém pode facilitar na hora de fazer uma boa escolha e permitir uma gestão de riscos mais eficiente. Lembre-se, no entanto, que é importante que o espaço atenda às demandas da organização e permita a manutenção da qualidade dos serviços prestados. Os custos também devem se adequar à realidade do empreendimento.
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